Em nada refere-se o titulo do livro, mesmo que de leve não tem nada, mas sim a uma pequena critica a moda atual da sustentabilidade, não tão recente, mas cada dia mais impregnada ao cotidiano urbano atual. Hoje de manhã ao ler um jornal me deparo com uma pequena multiplicidade de idéias que esse jargão encarnou na vida moderna, onde dispunha de um caprichado repertorio para uma vida sustentável e uma fomentada disputa geopolítica.
Por um lado 1001 passos para cuidar do planeta em ações cotidianas, em uma vida realmente sustentável. Entre as que estavam em destaque, a barba por fazer no final de semana e a viagem de férias para lugares próximos, entre outras “certeza” dos comunicantes tornariam o planeta mais “feliz”. Aguardo ansiosamente o dia em que vou me deparar com títulos do tipo que os adolescentes deveriam conter seus rompantes sexuais, porque isso sim aqueceria o planeta, ou então deverão parar com a idéia de ficar com vários em um mesmo dia, pois isso também torna insustentável nosso planeta, onde cada impulso desses, somado quantitativamente pelo número populacional da faixa etária, promoveria o terrível aproximar apocalíptico freneticamente quente.
Porém, do outro lado, onde confabulam os “peixes grandes” a briga política já tracejada para a cúpula de Copenhague, a China declara que não pretende entrar na luta pra redução da emissão de CO², e joga com a responsabilidade histórica dos já “desenvolvidos”para combater o “desastre”, já por outro lado o Brasil pretende lançar metas e juntamente com os países “desenvolvidos” no sentido de reduzir a emissão até 2020. Pelo menos o “bom moço” Barack Obama diz que os EUA não repetirá Kyoto (1997) e entrará no cabo de guerra político em prol da felicidade geral da nação.
Porém contrastando com essa vontade global e local de ser sustentável os nossos governos em épocas de crise, reduzem o IPI de automóveis incitando o gosto pelo consumo automobilístico, já tão grato no país, ainda recebemos algumas toneladas de lixo, não qualquer lixo, mas sim um lixo importado do primeiro mundo, inglês, mas nada bem alinhado, e ainda para o aumento do caos uma companhia siderúrgica que receberá uma multa que pode chegar em R$ 50 milhões pelo derramamento de óleo no ocorreu diretamente no Rio Paraíba do Sul, o dinheiro vai pra algum lugar, mas o óleo já esta nas águas.
O mix de idéias postulados por um tema tão caro na atualidade realmente me assustam, pois destorcem o contexto dos acontecimentos, responsabilizando de forma homogênea a todos independente da sua ação, enevoando o problema não recente, mas em crise atual. A sobrevivência de um sistema de consumo, lutas políticas e minha barba terceiromundista no meio de tudo isso.
Mesmos com as contradições que marcam esse debate liberando uma multiplicidade de vozes, algumas destoado o coro, mas não com menos força. Na briga entre a China, crise financeira global e a minha barba de final de semana, realmente penso se darei conta de sustentar o planeta.
Salve-se quem puder...
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